Pastor e fiel de volta às ruas
Não durou nem um mês a prisão de Tupirani da Hora Lores, de 43 anos, pastor da Igreja Geração Jesus Cristo, e do fiel Afonso Henrique Alves Lobato, de 26.
Acusados dos crimes de intolerância religiosa, injúria qualificada e incitação ao crime, eles tiveram a prisão preventiva decretada em 19 de junho, pela juíza Maria Elisa Lubanco, da 20ª Vara Criminal. Entretanto, os dois foram soltos semana passada, após conseguirem um habeas corpus concedido pelo desembargador Luiz Felipe Haddad, da 6ª Câmara Criminal.
O pedido de habeas corpus foi feito pelo escritor Eduardo Banks.
Afonso divulgou na internet, em março, um vídeo no qual faz ofensas às religiões afro-brasileiras, às polícias Civil e Militar e à imprensa.
O vídeo foi publicado com o consentimento do pastor Tupirani. Nas imagens, Afonso afirma, entre outras coisas, que “todo pai de santo é homossexual” e que “centro espírita é lugar de invocação do diabo”.
Eles foram os primeiros presos em todo o país com base no crime de intolerância religiosa, previsto na Lei 7.437, de 1985 — mais conhecida como Lei Caó. Na decisão que soltou Tupirani e Afonso, o desembargador escreveu que eles estão “proibidos de se manifestarem, por qualquer meio de comunicação, de modo crítico a outras religiões, crenças, pensamentos pertinentes, e quaisquer denominações”.
A primeira audiência do processo contra a dupla está marcada para o dia 4 de agosto.
A delegada Helen Sardenberg, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e responsável pelas investigações que levaram à prisão de Tupirani e Afonso, afirmou que a polícia vem fazendo “rondas virtuais”, em diversas páginas na internet, desde que os dois foram soltos pela Justiça.
OBS:NOSSA RELIGIAO TEM QUE COMEÇAR NO NOSSO CORAÇAO EM NOSSA ALMA E EM NOSSOS PENSAMENTOS E NUNCA ESQUECENDO O LIVRE ARBITRIO
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